Geek dos Museus #5 Pergamonmuseum, Berlim

O Pergamon é um dos cinco museus - Altes Museum, Neues Museum, Alte Nationalgalerie e o Bode-Museum - que constituem o Museumsinsel (ilha dos Museus) em Berlim. Este é um dos maiores e mais espetaculares complexos de museus do mundo, o que fez com que fosse declarado património mundial da UNESCO.

Este complexo reúne edifícios museológicos com 100 anos de história e apesar de terem sido severamente destruídos na II Guerra Mundial, as obras foram removidas e salvaguardadas e os edifícios reconstruídos. Outra curiosidade sobre este complexo e que no pós-guerra ficava localizado no setor entregue a Rússia e as obras de arte foram divididas pelos vencedores. Assim, só após a reunificação da Alemanha foi possível voltar a reunir todas as obras de arte, as que tinham ficado com os russos e as que tinham ficado nas mãos dos aliados que entretetando haviam mandado construir outros espaços como o museu Dahlem e o Kulturforum para guardar as obras. 

O Pergamonmuseum é um dos mais grandiosos museus que já tive a oportunidade de conhecer. Este museu alberga algumas das mais bem conservadas obras de arquitectura da história da humanidade, monumentais quer em dimensão, quer pela importância que representaram no seu tempo. Falo do Altar de Pergamon (que dá nome ao Museu), a Porta do Mercado de Mileto, a Porta de Ishtar e a Via Processional, o Palácio Assírio, o Templo de Atena e a Sala de Alepp.

A obra mais importante é sem dúvida o Altar de Pergamon, uma colossal construção de 160 a.c. Vale a pena dedicar aqui grande parte da nossa visita a admirar as diferentes figuras que constituem o altar, a subir as suas escadas para ficar com uma ideia da sua dimensão e da vista que permitia alcançar e também a contemplar o friso do altar superior. Cada pedra, cada milímetro do altar, cada figura conta uma história de grandiosidade que dificilmente conseguiremos perceber mas que nos deixa em supremo estado de reverência.

A Porta do Mercado de Mileto é uma magnífica peça de arquitetura Romana e a Porta de Ishtar e a Via Processional da Babilonia, construída no século VI a.c. no reinado de Nebuchadnezzar, são dois outros exemplos de peças que aqui podemos visitar que nos deixam sem fôlego pela sua grandiosidade e beleza.

O palácio Assírio, cujo interior abriga estátuas de leões impressionantes, e a Sala de Aleppo, com um magnífico revestimento de madeira pintada, são mais duas obras de arte maravilhosamente bem conservadas e aqui preservadas.

Recomendo uma visita a este museu com tempo e com a curiosidade e paciência de quem tem muito para admirar e conhecer a fundo e de forma única e preciosa. É em locais assim que construímos as nossas melhores memórias.